sábado, 15 de novembro de 2014

4ª Etapa da ATPS

EMÍLIA FERREIRO

BIOGRAFIA:
Emília Beatriz Maria Ferreiro Schavi nasceu na Argentina em 1936, Psicopedagoga, cursou Doutorado na Universidade de Genebra onde foi orientada por Jean Piaget, trabalhou epistemologia genética, a teoria do desenvolvimento natural da criança em 1974. Ela desenvolveu na Universidade de Buenos Aires vários experimentos com crianças, dando origem a Psicogênese da Língua Escrita.  Fez parceria com Ana Teberosky, pedagoga. Emília é professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde reside até hoje.
IDEIAS PRINCIPAIS:
Sua preocupação integra objetivos científicos com compromisso na realidade cultural da América Latina, suas contribuições foram significativas para o processo de aprendizagem, Emília valorizava o conhecimento espontâneo das crianças, depositando grande significado ao ensino.




MERLEAU PONTY


BIOGRAFIA:
Maurice Merleau-Ponty nasceu em Rochefort 14 de março de 1908 e morreu em Paris em 3 de maio de 1961. Foi aluno da Escola Normal Superior formou-se em filosofia em 1930 que foi quando começou e lecionar no Liceu de Beauvais de 1931 a 1933, no Liceu de Chartres de 1934 a 1935 e na Escola Normal Superior de 1935 a 1939.
   Em 1945, quando concluiu o doutorado, foi nomeado diretor de cursos e conferências da Universidade de Lyon. Nessa época, fundou com Jean-Paul Sartre, a revista Os tempos modernos, da qual foi assíduo colaborador.  Na Sorbonne, de 1949 a 1952, ocupou as cadeiras de psicologia e pedagogia, sendo eleito para o Colégio de França em 1952, onde lecionou até a data de sua morte.
IDEIAS PRINCIPAIS:
1° O filósofo francês Merleau-Ponty estudou teoria de reflexões sobre a fenomenologia, movimento filosófico segundo ele assim que algo se revela frente à consciência humana, o Homem inicialmente o observa e percebe em completa conformidade sua forma do ponto de vista da sua capacidade perceptiva. Portanto para ele o conhecimento só se torna possível pela percepção que pode ser imperfeita e incompleta.
2° Lidou com a influência do existencialismo e das fenomenologias. Apontou que a fenomenologia “recoloca as essências na existência e não pensa ser possível compreender o homem e o mundo de outro modo senão a partir das particularidades dos fatos”.
3° Ponty idealiza o homem como um grande projeto a ser construído a partir da experiência com o mundo e acredita que não existe uma essência e por tanto o homem é aquilo que ele se imagina ser.
4° Acreditava que o indivíduo não é apenas uma continuação do mundo, mas pertence a ele e assim não se o homem do mundo como se fossem coisas diferentes ou de natureza oposta.  Discorda totalmente das ideias de Descartes porque para ele não é possível separar a consciência de um lado e homem de outro lado, ele afirma que o homem é o núcleo dos debates sobre o conhecer, que é criado e percebido em seu corpo, converte o processo fenomenológico em uma modalidade existencial, resumindo razão como a estrutura do mundo.
5° Em relação à liberdade Ponty rejeita a ideia de uma liberdade absoluta, e não concorda com a prioridade da esfera econômica sobre a constituição do homem e da sociedade, ou seja somos livres e não estrutura econômica que possa anular a liberdade, para ele esta existe mas não é total é uma liberdade condicionada porque, somos uma estrutura psicológica e histórica.
“eu não sou nunca uma coisa e não sou nunca consciência nua e continua a realidade é que nós escolhemos o nosso mundo e o mundo nos escolhe”. (Merleau-Ponty)




ANA TEBEROSKY

BIOGRAFIA:
Ana Teberosky nasceu em Buenos Aires no ano de 1944. Pedagoga e doutora em psicologia ao lado de Emília Ferreiro investigou o processo de aquisição da escrita pela criança, desenvolveu suas pesquisas na área da linguagem e foi responsável pela transposição didática da teoria psicogenética da escrita.
Docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, ela também atua no Instituto Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em escolas públicas.
IDEIAS PRINCIPAIS:
Uma das grandes contribuições das autoras está pautada na aprendizagem da leitura e escrita não deveria se reduzir somente a um conjunto de técnicas percepto-motoras nem à vontade ou à motivação, crenças que até então norteavam a educação; mas, sim, que deveria se tratar de uma aquisição conceitual.
Constatou que os métodos utilizados para alfabetização consideravam apenas o ensino como uma técnica para ensinar a ler e a escrever, já que a escrita era concebida como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras e, portanto, a leitura como uma aquisição técnica. Nesta perspectiva, os sucessos na aprendizagem eram atribuídos ao método ou a quem o transmitisse e não ao sujeito da aprendizagem; a estes era atribuída à responsabilidade pelo fracasso.




Com o objetivo de aprofundar mais sobre a educação nosso grupo escolheu a  pensadora Emília Ferreiro por ter grandes contribuições na educação. Emília Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética (uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança) ela continuou, estudando um campo que o mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emília desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. Ela é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. Além da atividade de professora - que exerce também viajando pelo mundo, incluindo frequentes visitas ao Brasil -, a psicolinguista está à frente do site www.chicosyescritores.org, em que estudantes escrevem em parceria com autores consagrados e publicam os próprios textos.
Nenhum nome teve mais influência sobre a educação brasileira nos últimos 30 anos do que o da psicolinguista argentina Emília Ferreiro. A divulgação de seus livros no Brasil, a partir de meados dos anos 1980, causou um grande impacto sobre a concepção que se tinha do processo de alfabetização, influenciando as próprias normas do governo para a área, expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. As obras de Emília - Psicogênese da Língua Escrita é a mais importante - não apresentam nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizado das crianças, levando a conclusões que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita. "A história da alfabetização pode ser dividida em antes e depois de Emília Ferreiro", diz a educadora Telma Weisz, que foi aluna da psicolinguista.
 Segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, na escola ou fora dela. No processo de aprendizagem a criança passa por etapas com avanços e recuos, até dominar o código linguístico. O tempo para o aluno transpor cada uma das etapas é bem variado. Duas consequências importantes a ser respeitada em sala de aula é respeitar a evolução de cada criança e compreender que o desempenho mais vagaroso não significa que a mesma seja menos inteligente. A aprendizagem não é provocada pela escola, mas pela própria mente das crianças, elas chegam a seu primeiro dia de aula com conhecimento.
 O processo inicial é considerado em função da relação entre método utilizado e o estado de maturidade ou de prontidão da criança. As dificuldades que a criança enfrenta, são dificuldades conceituadas a respeito da construção do sistema e pode-se dizer que as crianças reinventam esse sistema. Não é reinventar as letras ou números, mas compreende-se o processo e suas regras de produção.
 O processo de conhecimento da criança deve ser gradual dependendo de sua assimilação e de uma reacomodação dos esquemas internos, que necessariamente levam tempo. É por utilizar esse sistema e não repetir o que ouvem que as crianças interpretam o ensino que recebem. Nada mais revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros, porque evidenciam como ele releu o conteúdo aprendido.
 Emília Ferreiro critica a alfabetização tradicional, porque a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita por meio de avaliação de percepção e de motricidade (coordenação). O peso para o aspecto externo da escrita é excessivo, deixando de lado suas características como a compreensão da escrita e sua organização. Seguindo esse raciocínio o contato da criança com a organização da escrita é adiado para quando ela for capaz de ler as palavras isoladas, embora a relação com os textos inteiros sejam enriquecida. Portanto a alfabetização também é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita.
Levando-se em consideração as principais características do livro-apresentação de uma teoria contendo novas interpretações sobre o processo de aprendizagem da leitura e da escrita, resultado de uma pesquisa descrita minuciosamente, em um número elevado de páginas , pode-se concluir que sua leitura não é de simples compreensão, porque envolve outras teorias que a embasam, demandando, por parte do leitor, certa familiaridade, sobretudo, com os fundamentos da teoria piagetiana e das Psicolinguísticas chomskyana. Essas características talvez expliquem, também, a relativamente baixa tiragem do livro no Brasil, comparativamente à intensa e extensa divulgação do pensamento construtivista de Emília Ferreiro sobre alfabetização no país.
No entanto, embora as idéias contidas nesse volume tenham sido e continuem sendo muito divulgadas, por meio tanto das apropriações que se fizeram e se fazem desse pensamento, por parte do ―discurso oficial‖, quanto dos estudos e pesquisas acadêmicas a esse respeito, são poucos aqueles que ―dominam‖ o pensamento construtivista de Emília Ferreiro sobre alfabetização.
Podemos supor que entre esses poucos leitores estão especialistas em alfabetização, equipes pedagógicas de órgãos oficiais, pesquisadores do meio acadêmico e alguns poucos professores alfabetizadores.   A análise de Psicogênese da língua escrita propiciou confirmar sua relevância no que se refere à compreensão do pensamento construtivista de Ferreiro sobre alfabetização. Essa importância deriva justamente do fato de nele estar contida o que denomino ―matriz invariante desse pensamento, considerado pelas autoras do livro, como já mencionei, e por outros pesquisadores, uma ―revolução conceitual‖ em alfabetização. Trata-se de matriz, porque é entendida como atributo principal, e é invariante, porque, posteriormente, vai-se expandindo, mas sempre preservando suas características fundamentais, as quais lhe conferem unidade e continuidade.
Essa unidade está relacionada com as influências tanto da Epistemologia Genética de Piaget quanto da Psicolinguística de Chomsky, que constituem um núcleo comum de ancoragem da teoria sobre a psicogênese da língua escrita. Nesse sentido, o principal atributo da matriz invariante do pensamento construtivista de Emília Ferreiro sobre alfabetização consiste no fato de essa pesquisadora considerar que a atividade estruturante do sujeito faz com que ele construa esquemas interpretativos para compreender a natureza da escrita.
As características fundamentais dessa matriz, por sua vez, consistem na constatação de que as crianças possuem capacidades cognitivas (capacidades de desenvolver raciocínios) e linguísticas (capacidades de desenvolver concepções sobre o sistema de escrita), utilizando-as para entender o mecanismo de funcionamento da língua escrita no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
Nesse processo, as crianças (re) constroem o conhecimento sobre a língua escrita, por meio de uma elaboração pessoal, a qual se dá por sucessão de etapas, cada uma delas representando um estágio importante do processo. Assim, a interpretação do processo é explicada do ponto de vista das crianças que aprendem, levando-se em consideração o conhecimento específico que possuem antes de iniciar a aprendizagem escolar, a saber: a escrita não representa apenas um traço ou marca, mas sim um objeto substituto. 
Partindo desse conhecimento, as crianças seguem uma linha de evolução regular até a aquisição da língua escrita, elaborando hipóteses para compreender o funcionamento do código escrito. Ainda para Ferreiro ”nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas em certo modo de conceber o processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem” (1985, p.31). Então para que o professor seja eficaz deverá adaptar seu ponto de vista ao da criança.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bock, Ana Mercês Bahia
       Psicologias : uma introdução ao estudo de psicologia / Ana
Mercês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira.
- São Paulo: Saraiva, 2008

https//psicologado.com/atuação/psicologia. Acesso em 30\10\2014. Às 17h30min
https//revistaescola.abril.com.br/linguaportuguesa. Acesso em 30\10\2014. Às 17h47min
http://viverafilosofar.blogspot.com.br/2013/10/serie-filosofos-filosofos-modernos.html. Acesso em: 29/10/2014. Às 15h30min
http://prezi.com/sdztiiit-g8x/merleau-ponty/. Acesso em: 31/ 10/2014. Às 20h05min



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