EMÍLIA FERREIRO
|
BIOGRAFIA:
|
Emília Beatriz Maria Ferreiro
Schavi nasceu na Argentina em 1936, Psicopedagoga, cursou Doutorado na
Universidade de Genebra onde foi orientada por Jean Piaget, trabalhou
epistemologia genética, a teoria do desenvolvimento natural da criança em
1974. Ela desenvolveu na Universidade de Buenos Aires vários experimentos com
crianças, dando origem a Psicogênese da Língua Escrita. Fez parceria com Ana Teberosky, pedagoga. Emília
é professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do
Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde reside até hoje.
|
IDEIAS PRINCIPAIS:
|
Sua preocupação integra objetivos
científicos com compromisso na realidade cultural da América Latina, suas
contribuições foram significativas para o processo de aprendizagem, Emília
valorizava o conhecimento espontâneo das crianças, depositando grande
significado ao ensino.
|
MERLEAU PONTY
|
BIOGRAFIA:
|
Maurice Merleau-Ponty nasceu em
Rochefort 14 de março de 1908 e morreu em Paris em 3 de maio de 1961. Foi
aluno da Escola Normal Superior formou-se em filosofia em 1930 que foi quando
começou e lecionar no Liceu de Beauvais de 1931 a 1933, no Liceu de Chartres
de 1934 a 1935 e na Escola Normal Superior de 1935 a 1939.
Em 1945, quando concluiu o doutorado, foi nomeado diretor de cursos e
conferências da Universidade de Lyon. Nessa época, fundou com Jean-Paul
Sartre, a revista Os tempos modernos, da qual foi assíduo colaborador. Na Sorbonne, de 1949 a 1952, ocupou as
cadeiras de psicologia e pedagogia, sendo eleito para o Colégio de França em
1952, onde lecionou até a data de sua morte.
|
IDEIAS
PRINCIPAIS:
|
1° O filósofo francês Merleau-Ponty
estudou teoria de reflexões sobre a fenomenologia, movimento filosófico
segundo ele assim que algo se revela frente à consciência humana, o Homem
inicialmente o observa e percebe em completa conformidade sua forma do ponto
de vista da sua capacidade perceptiva. Portanto para ele o conhecimento só se
torna possível pela percepção que pode ser imperfeita e incompleta.
2° Lidou com a influência do
existencialismo e das fenomenologias. Apontou que a fenomenologia “recoloca
as essências na existência e não pensa ser possível compreender o homem e o
mundo de outro modo senão a partir das particularidades dos fatos”.
3° Ponty idealiza o homem como um
grande projeto a ser construído a partir da experiência com o mundo e
acredita que não existe uma essência e por tanto o homem é aquilo que ele se
imagina ser.
4° Acreditava que o indivíduo não é
apenas uma continuação do mundo, mas pertence a ele e assim não se o homem do
mundo como se fossem coisas diferentes ou de natureza oposta. Discorda totalmente das ideias de Descartes
porque para ele não é possível separar a consciência de um lado e homem de
outro lado, ele afirma que o homem é o núcleo dos debates sobre o conhecer,
que é criado e percebido em seu corpo, converte o processo fenomenológico em
uma modalidade existencial, resumindo razão como a estrutura do mundo.
5° Em relação à liberdade Ponty
rejeita a ideia de uma liberdade absoluta, e não concorda com a prioridade da
esfera econômica sobre a constituição do homem e da sociedade, ou seja somos
livres e não estrutura econômica que possa anular a liberdade, para ele esta
existe mas não é total é uma liberdade condicionada porque, somos uma
estrutura psicológica e histórica.
“eu não sou nunca uma coisa e não
sou nunca consciência nua e continua a realidade é que nós escolhemos o nosso
mundo e o mundo nos escolhe”. (Merleau-Ponty)
|
ANA TEBEROSKY
|
BIOGRAFIA:
|
Ana Teberosky nasceu em Buenos Aires no ano de
1944. Pedagoga e doutora em psicologia ao lado de Emília Ferreiro investigou
o processo de aquisição da escrita pela criança, desenvolveu suas pesquisas
na área da linguagem e foi responsável pela transposição didática da teoria
psicogenética da escrita.
Docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e
da Educação da Universidade de Barcelona, ela também atua no Instituto
Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em escolas
públicas.
|
IDEIAS PRINCIPAIS:
|
Uma das grandes contribuições das autoras está
pautada na aprendizagem da leitura e escrita não deveria se reduzir somente a
um conjunto de técnicas percepto-motoras nem à vontade ou à motivação,
crenças que até então norteavam a educação; mas, sim, que deveria se tratar
de uma aquisição conceitual.
Constatou que os métodos utilizados para
alfabetização consideravam apenas o ensino como uma técnica para ensinar a
ler e a escrever, já que a escrita era concebida como um código de
transcrição gráfica das unidades sonoras e, portanto, a leitura como uma
aquisição técnica. Nesta perspectiva, os sucessos na aprendizagem eram
atribuídos ao método ou a quem o transmitisse e não ao sujeito da
aprendizagem; a estes era atribuída à responsabilidade pelo fracasso.
|
Com o objetivo de aprofundar
mais sobre a educação nosso grupo escolheu a pensadora Emília Ferreiro por ter grandes
contribuições na educação. Emília Ferreiro nasceu na Argentina em 1936.
Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget,
cujo trabalho de epistemologia genética (uma teoria do conhecimento centrada no
desenvolvimento natural da criança) ela continuou, estudando um campo que o
mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emília desenvolveu na
Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu
origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em
parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. Ela é hoje
professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto
Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. Além da atividade de
professora - que exerce também viajando pelo mundo, incluindo frequentes
visitas ao Brasil -, a psicolinguista está à frente do site
www.chicosyescritores.org, em que estudantes escrevem em parceria com autores
consagrados e publicam os próprios textos.
Nenhum nome teve
mais influência sobre a educação brasileira nos últimos 30 anos do que o da
psicolinguista argentina Emília Ferreiro. A divulgação de seus livros no
Brasil, a partir de meados dos anos 1980, causou um grande impacto sobre a
concepção que se tinha do processo de alfabetização, influenciando as próprias
normas do governo para a área, expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
As obras de Emília - Psicogênese da Língua Escrita é a mais importante - não
apresentam nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizado
das crianças, levando a conclusões que puseram em questão os métodos
tradicionais de ensino da leitura e da escrita. "A história da
alfabetização pode ser dividida em antes e depois de Emília Ferreiro", diz
a educadora Telma Weisz, que foi aluna da psicolinguista.
Segundo Emília Ferreiro, a construção do
conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, na escola ou
fora dela. No processo de aprendizagem a criança passa por etapas com avanços e
recuos, até dominar o código linguístico. O tempo para o aluno transpor cada
uma das etapas é bem variado. Duas consequências importantes a ser respeitada
em sala de aula é respeitar a evolução de cada criança e compreender que o
desempenho mais vagaroso não significa que a mesma seja menos inteligente. A
aprendizagem não é provocada pela escola, mas pela própria mente das crianças,
elas chegam a seu primeiro dia de aula com conhecimento.
O processo inicial é considerado em função da
relação entre método utilizado e o estado de maturidade ou de prontidão da
criança. As dificuldades que a criança enfrenta, são dificuldades conceituadas
a respeito da construção do sistema e pode-se dizer que as crianças reinventam
esse sistema. Não é reinventar as letras ou números, mas compreende-se o
processo e suas regras de produção.
O processo de conhecimento da criança deve ser
gradual dependendo de sua assimilação e de uma reacomodação dos esquemas
internos, que necessariamente levam tempo. É por utilizar esse sistema e não
repetir o que ouvem que as crianças interpretam o ensino que recebem. Nada mais
revelador do funcionamento da mente de um aluno do que seus supostos erros,
porque evidenciam como ele releu o conteúdo aprendido.
Emília Ferreiro critica a alfabetização
tradicional, porque a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da
escrita por meio de avaliação de percepção e de motricidade (coordenação). O
peso para o aspecto externo da escrita é excessivo, deixando de lado suas
características como a compreensão da escrita e sua organização. Seguindo esse
raciocínio o contato da criança com a organização da escrita é adiado para
quando ela for capaz de ler as palavras isoladas, embora a relação com os
textos inteiros sejam enriquecida. Portanto a alfabetização também é uma forma
de se apropriar das funções sociais da escrita.
Levando-se em
consideração as principais características do livro-apresentação de uma
teoria contendo novas interpretações sobre o processo de aprendizagem da
leitura e da escrita, resultado de uma pesquisa descrita minuciosamente, em um
número elevado de páginas , pode-se concluir que sua leitura não é de simples
compreensão, porque envolve outras teorias que a embasam, demandando, por parte
do leitor, certa familiaridade, sobretudo, com os fundamentos da teoria
piagetiana e das Psicolinguísticas chomskyana. Essas características talvez
expliquem, também, a relativamente baixa tiragem do livro no Brasil,
comparativamente à intensa e extensa divulgação do pensamento construtivista de
Emília Ferreiro sobre alfabetização no país.
No entanto, embora
as idéias contidas nesse volume tenham sido e continuem sendo muito divulgadas,
por meio tanto das apropriações que se fizeram e se fazem desse pensamento, por
parte do ―discurso oficial‖, quanto dos estudos e pesquisas acadêmicas a esse
respeito, são poucos aqueles que ―dominam‖ o pensamento construtivista de
Emília Ferreiro sobre alfabetização.
Podemos supor que
entre esses poucos leitores estão especialistas em alfabetização, equipes
pedagógicas de órgãos oficiais, pesquisadores do meio acadêmico e alguns poucos
professores alfabetizadores. A análise
de Psicogênese da língua escrita propiciou confirmar sua relevância no que se
refere à compreensão do pensamento construtivista de Ferreiro sobre
alfabetização. Essa importância deriva justamente do fato de nele estar contida
o que denomino ―matriz invariante desse pensamento, considerado pelas autoras
do livro, como já mencionei, e por outros pesquisadores, uma ―revolução
conceitual‖ em alfabetização. Trata-se de matriz, porque é entendida como
atributo principal, e é invariante, porque, posteriormente, vai-se expandindo,
mas sempre preservando suas características fundamentais, as quais lhe conferem
unidade e continuidade.
Essa unidade está
relacionada com as influências tanto da Epistemologia Genética de Piaget quanto
da Psicolinguística de Chomsky, que constituem um núcleo comum de ancoragem da
teoria sobre a psicogênese da língua escrita. Nesse sentido, o principal
atributo da matriz invariante do pensamento construtivista de Emília Ferreiro
sobre alfabetização consiste no fato de essa pesquisadora considerar que a
atividade estruturante do sujeito faz com que ele construa esquemas
interpretativos para compreender a natureza da escrita.
As características
fundamentais dessa matriz, por sua vez, consistem na constatação de que as
crianças possuem capacidades cognitivas (capacidades de desenvolver
raciocínios) e linguísticas (capacidades de desenvolver concepções sobre o
sistema de escrita), utilizando-as para entender o mecanismo de funcionamento
da língua escrita no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
Nesse processo, as
crianças (re) constroem o conhecimento sobre a língua escrita, por meio de uma
elaboração pessoal, a qual se dá por sucessão de etapas, cada uma delas
representando um estágio importante do processo. Assim, a interpretação do
processo é explicada do ponto de vista das crianças que aprendem, levando-se em
consideração o conhecimento específico que possuem antes de iniciar a
aprendizagem escolar, a saber: a escrita não representa apenas um traço ou
marca, mas sim um objeto substituto.
Partindo desse
conhecimento, as crianças seguem uma linha de evolução regular até a aquisição
da língua escrita, elaborando hipóteses para compreender o funcionamento do
código escrito. Ainda para Ferreiro ”nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas
estão apoiadas em certo modo de conceber o processo de aprendizagem e o objeto
dessa aprendizagem” (1985, p.31). Então para que o professor seja eficaz deverá
adaptar seu ponto de vista ao da criança.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Bock,
Ana Mercês Bahia
Psicologias : uma introdução ao estudo
de psicologia / Ana
Mercês
Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira.
-
São Paulo: Saraiva, 2008
https//psicologado.com/atuação/psicologia.
Acesso em 30\10\2014. Às 17h30min
https//revistaescola.abril.com.br/linguaportuguesa.
Acesso em 30\10\2014. Às 17h47min
http://viverafilosofar.blogspot.com.br/2013/10/serie-filosofos-filosofos-modernos.html.
Acesso em: 29/10/2014. Às 15h30min
http://prezi.com/sdztiiit-g8x/merleau-ponty/.
Acesso em: 31/ 10/2014. Às 20h05min
Nenhum comentário:
Postar um comentário